Bispo prega boicote a Dilma
domingo, 8 de agosto de 2010
, Postado por Tatiana C. Mendes em 14:20
E Dilma vai ganhando pontos (?)... Um Bispo de Guarulhos, SP, recomendou boicote, por parte dos católicos, a candidata Dilma Rousseff do PT – por quê? Bem, segundo o Bispo D. Luiz Gonzada Bergonzi, em artigo publicado no site oficial da CNBB, a candidata do PT e todos os candidatos petistas são favoráveis ao aborto, portanto não devem ser votados – oras! Vamos às partes.
Como já dizem por aí, “ado, ado, ado, cada um no seu quadrado...” – política e religião são assuntos bastante distintos, mas parece que até hoje a Igreja Católica não se deu conta disso. Foi-se o tempo em que Reis governavam juntamente com ‘autoridades’ católicas; mentalidade absolutamente retrograda.
Segundo Dilma “o artigo parte do pressuposto incorreto. Tanto eu quanto o presidente Lula não defendemos o aborto. Defendemos o cumprimento estrito da lei” – exato, e isso é o mais sensato, inclusive. Existe uma legislação em vigor no Brasil, a de que o aborto não é considerado crime em situações como estupro e risco de vida para a mãe. Dilma prega a descriminalização do aborto além de afirmar que isso é uma questão de “saúde pública”.
Acerca da questão “saúde pública”, o aspecto relevante levantado por Dilma, que faz com que ela ganhe pontos, é justamente a desigualdade recorrente nesta prática: mulheres com um melhor poder aquisitivo procuram clínicas, enquanto as de baixa renda se utilizam de métodos abortivos nada saudáveis.
Legalizar a situação seria o mais adequado, afinal, de que adiantam as proibições se na prática elas não funcionam? Risco é a prática abortiva ser realizada em clinicas (?) clandestinas – aquelas de “fundo de quintal”. No caso da legalização, é óbvio que um controle deveria ser feito, afinal, nem tudo que se quer, pode.
Ainda segundo Dilma: “não se trata de uma convicção pessoal. Não conheço uma mulher que acha o aborto uma coisa fantástica e maravilhosa. É uma violência e um risco de vida”. Sendo assim, para bom “entendedor” meia palavra basta, a decisão não cabe a Igreja, mas sim às partes envolvidas, leia-se aqui: a família! Portanto... Que a Igreja se preocupe com seus problemas, que não são poucos (casos, casos, e mais casos...) e deixe o resto para quem é de direito (das mulheres) e de dever (do Governo).
Fonte: Diário Catarinense
Currently have 0 Opiniões (Dê a sua!):