Filmes pornôs: proibidos, raros e inusitados
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
, Postado por Tatiana C. Mendes em 22:18
Em verdade, os três tipos de filmes pornôs citados no título, neste caso, se dividem da seguinte forma:
1 – Raros, simplesmente porque conseguir um exemplar dos mesmos, ou até fotos, é praticamente impossível. Segue algo sobre:
Por volta de 1982 e 1989, quando a pornografia era proibida nos países comunistas, o exército da antiga Alemanha Oriental produzia seus próprios filmes pornográficos; isso até a queda do Muro de Berlim.
Os filmes traziam cenas de mulheres nuas ou em poses eróticas, na maioria das vezes portando uniformes. A maioria dos atores e atrizes, empregados civis do exército, recebia convites discretos para participar das produções. De acordo com relatos de pessoas envolvidas na produção, os convites eram feitos e na maioria das vezes ‘elas diziam sim imediatamente’.
Algumas das principais revelações acerca das produções “pornôs alemãs” foram feitas pelo ex-engenheiro de som e ator pornô, Dietmar Schütz, o qual participou ativamente da produção dos filmes. Ainda segundo Schütz, foram filmadas cerca de 12 fitas eróticas até a queda do Muro de Berlim (1989); tudo isso com o apoio velado de altos oficiais do exército e do partido socialista, que gostavam de ver as fitas.
Os filmes eram feitos por um grupo de pessoas que trabalhava na central de filmagens da Volksarmee, o extinto exército alemão oriental. Eram utilizadas câmeras com filmes de 16 mm e hospitais militares eram utilizados como estúdios.
Na época o nudismo era muito popular na Alemanha Oriental, apesar de ser oficialmente banido dos cinemas e da tevê; daí ser uma transgressão tremenda este tipo de produção, a qual poderia ‘render’ aos infratores até 2 anos de prisão, mas... Já viram: “manda quem pode, obedece quem tem juízo” – as produções ‘interessavam’ aos oficiais, pois, ainda segundo Schütz, “todos os chefes vinham para essas exibições – seja porque estavam curiosos, ou simplesmente por pura luxúria”.
2 – Proibidos, feitos de maneira clandestina e criminosa. Segue:
Em meados de 2005, rebeldes indianos começaram a forçar moças a fazerem filmes pornográficos para levantar dinheiro para suas causas separatistas.
Mulheres e alguns homens de tribos da região, nordeste da Índia (Tripura), eram forçados a participar dos filmes. Filmes estes que após serem dublados eram distribuídos em países vizinhos.
Tal descoberta se deu em virtude da prisão de guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação de Tripura (NLFT) – que se renderam. Segundo o chefe de polícia, da época, os filmes foram encontrados dublados em birmanês, bengali, tailandês e hindi, o que acabar por sugerir que os mesmos eram vendidos para muitos países da região; a polícia recuperou uma série de DVDs que foram eliminados posteriormente.
Produtoras da região informaram que recebiam muito dinheiro, mais que os preços normais, para processar tais filmes. Apesar de saberem que os filmes são feitos de forma ilícita e criminosa, eles ainda continuam fazendo o ‘serviço’ e ainda dizem que “nós sabemos que os insurgentes [rebeldes] estão por trás desses filmes. Quando processamos o estoque inicial, podemos ver meninos com rifles automáticos e revólveres puxando as meninas, mas temos que cortar isso e nos concentrar apenas no sexo. O dinheiro é muito bom e nós não achamos que é correto questionar os insurgentes, de qualquer maneira”.
Um dos vídeos mais procurados por jovens em Tripura, na época, era o “Nossas Experiências na Língua Tripuri”. O filme aparentemente é só mais um filme de amor, com heróis e heroínas.
3 – Inusitados? Bem, ambos o são, afinal foram feitos de uma forma... Proibida, na realidade. No primeiro caso, o exército transgredia leis da época, no segundo, os rebeldes, além de abusarem de moças e rapazes, os obrigava a fazer este tipo de coisa. Raros? Como não haveriam de ser? Exemplares de tais filmes dificilmente serão encontrados.
Em suma, é difícil analisar o que leva pessoas a praticarem tais atos, talvez seja um gosto pelo proibido, vai se saber.
Fonte: BBC Brasil
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