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A empresa aérea escandinava, SAS, está planejando o primeiro casamento gay a bordo de um avião; o casamento provavelmente acontecerá a bordo de um Airbus A340 – entre Estocomo e Nova York, no dia 06 de dezembro. Para a escolha do casal, foi feita uma campanha em páginas de relacionamento social na Internet (http://www.flysas.com/love), com o título “o amor está no ar”. A campanha orientava que os interessados criassem um perfil para a busca de votos.

Segundo o chefe de assuntos comerciais da SAS, Robin Kamark, as “companhias aéreas, entre as quais a SAS, organizaram há décadas casamentos durante seus vôos, mas nós gostaríamos de ser a primeira do mundo a realizar um matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”.

A SAS (co-propriedade dos governos da Suécia, Dinamarca e Noruega) é, segundo Robert, “a companhia aérea nacional dos três países mais liberais e progressistas do mundo, especialmente no que se refere aos direitos de lésbicas, gays e transexuais, por isso achamos que essa é uma celebração natural do amor”.

E tem mais, a premiação é bacana: o casal vencedor ganhará passagens para a classe executiva no vôo da empresa para Nova York, alojamento por três noites na cidade, vôos para Los Angeles, além de três noites de estadia em West Hollywood; o mesmo concurso terá uma versão americana, – no caso o pacote de casamento, mais a lua de mel, serão na Suécia.

É. Tudo muito bom. Muito legal. Mas a SAS é bem querida, não acham? Então... É uma promoção. Eu sei, tu sabes, ele sabe, NÓS SABEMOS, mas... Independente de sexualidade: você iria se expor a tal papel? Sabe o que é, fico pensando, se a empresa realmente considerasse tudo normal, “uma celebração natural do amor”, nada mais natural do que o “pacote-viagem-casamento-lua-de-mel” ser oferecido a todo e qualquer casal, independentemente de ser homossexual, heterossexual, bissexual etc e tal; de forma que todo casal fosse simplesmente um casal – concorrência e disputa igualitária entre todos. Afinal, tudo que mostra diferença, por mais que esta queira se mostrar travestida de aceitação, acaba fazendo com que aquilo se torne DIFERENTE, ou simplesmente, fora dos padrões vistos como normais e impostos pelo retrógrado senso-comum, enfim... (Abomino generalizações e a 'mesmice do pensar'!).

Além do mais, a empresa, no caso, não faria isso de graça... Espera-se - óbvio! - muita repercussão e promoção de volta, o que já está acontecendo, caso contrário vocês não estariam lendo essa matéria; aliás, se o casal fosse heterossexual a matéria nem estaria sendo divulgada, afinal, seria algo corriqueiro!

Só para findar, atentemos para A DIFERENÇA vs. O 'LUCRO’; como? Pondere: os protagonistas da ‘propaganda’ – o casal – serão personagens reais... Aposto que se fossem contratados, o valor seria bem mais alto do que o que será gasto com a viagem, hospedagem e outros afins. (Os ‘cônjuges pioneiros do ar’ ainda devem pensar que estão fazendo vantagem, mas... Problema deles, cada um faz o que quer da vida e se expõe ao que melhor lhe convém).

Fonte: Yahoo