Não Permanência - Falta de Espaço (Tatiana C. Mendes)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010 , Postado por Tatiana C. Mendes em 10:17

Texto antigo, mas segue:




É de certo que as palavras que serão ditas nas linhas que seguem já o foram. Porém de diversas e não menos diferentes formas, mas com o mesmo significado e com a, no mínimo similar, significância. Alguns sentidos irão se diferenciar, mas não em essência, simplesmente em dias e momentos. Fato: significado e significância, - sim -, permanecem. Todavia a mesma permanência não se firma nas pessoas.

Seres que vem e vão. Encontram-se. Divertem-se e até completam-se. Hoje estão cá, amanhã estarão lá. Cada qual do seu lado ou de outro dos lados; opostos? Quem sabe. Ainda não sei... Em determinados momentos alguns preenchem lacunas, coisas necessárias, momentos sórdidos de solidão vividos por outrem. Lacunas são sofríveis enquanto abertas. Contudo o mesmo sofrimento também se apresenta enquanto “fechadas”; questão de lados opostos: ora um sofre pela abertura, ora outro sofre pelo fechamento; é justamente neste momento, ou naqueles outros mais, que a permanência deixa de ser permanente.

É um que chega. Outro que vai. Será que não existe espaço para todos após as lacunas se fecharem? É... Depois dizem que coração é grande. Dizem também que tal órgão vital é do tamanho de uma mão fechada. Analogias inexplicáveis: uma mão tem cinco dedos, logo, se tivermos cinco amigos em uma vida já preenchemos uma mão. Pois é, muito ao que tange a amizade, mas... Será que cabem somente cinco pessoas em um coração? Penso que estou compreendendo o sentido da não permanência, da alternância, da rotatividade transitória de pessoas na vida de alguns: falta espaço!

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