Instigar-se para Instigar

domingo, 8 de agosto de 2010 , Postado por Tatiana C. Mendes em 13:05

(... para ler na íntegra clique no título)

A vida por si só já é uma escola na qual aprendemos ensinando. Todos somos educadores de nós mesmos e daqueles que estão a nossa volta. É pura ação e reação – causa e efeito –, tudo que vai, volta; intensidade? Somos nós quem a determinamos. A sabedoria que nos cerceia cada vez mais se firma enquanto “terra de ninguém” – só a detém aqueles convictos de que nada sabem.

Quanto a mim? Bem, enquanto educadora de mim mesma, antes de qualquer coisa, vivo a “instigação absoluta” – afinal, que graça teria a vida se não fossem as constantes incertezas? Definitivamente, só é capaz de despertar interesse e curiosidade em seus alunos, aquele que se mantém em movimento – motivado –, fomentado. Remeto-me aqui, mais uma vez, a “toda reação é precedida por uma ação”.

É tendo como base este bate rebate de informações que vão e voltam na atualidade tecnológica, que nós, enquanto educadores, trabalhadores diretos e indiretos da educação, devemos preparar, antes de qualquer coisa, a nós mesmos para o recebimento de informações que não são mais certezas absolutas, até porque isso nunca existiu; desmistificar é a questão. Houve um tempo em que o que estava no “papel”, nos livros, por exemplo, era lei e verdade a ser respeitada. Porém, a mesma velocidade que foi implantada ao repasse da informação fez com que essa se tornasse absolutamente relativa.

Sendo assim, interagir, ouvir, discutir e debater: peças fundamentais para o “bem aprender”. Interação só é possível com aquele que participa e “se” participa – compartilha; só sabe falar aquele que escuta; só é possível discutir quando idéias são bem recebidas; debates só são produtivos quando diferentes opiniões são expostas; assim segue a construção do saber. É algo que vai além do construir e começa na base; um saber reconstruído, preparado e até mesmo intuitivo. Novas culturas e conceitos se firmam desta forma sem serem absolutos, a intenção é justamente dar autonomia aqueles que deles participam e neles estão inseridos, seja qual for o meio: escola, alunos, educadores, pais, comunidade, sociedade, enfim.

Portanto, mudar é preciso. Movimento? - Fundamental! Tentar definir isso e aquilo é impossível, além de ser nada mais que a necessidade do homem de querer limitar, determinar o indefinível. “Parir idéias”, ou melhor, contribuir para que o parto das mesmas seja bem-sucedido, é essencial – Maiêutica Socrática. A escola deve se transformar numa “maternidade” de idéias, cultura, saber e entender; nós? Que sejamos “Parteiros”! Apesar de algumas idéias e preceitos serem tachados como antigos, como o “parto” aqui proposto, sempre poderão ser reaproveitados e aplicados a contemporaneidade. Esta é a proposta, esse é o caminho: instigar-se para instigar; assim o senso crítico é construído e as perguntas sem respostas se tornam capazes de promover verdadeiros milagres.

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