Eu, Eu mesma e a Rotina

terça-feira, 24 de agosto de 2010 , Postado por Tatiana C. Mendes em 08:56



Rotina – como é cansativa! Ao mesmo que contraditória. Como algo que não muda pode cansar tanto? Bem, isso é no minimo estranho, afinal, se não muda, não há surpresas, logo, cansar pra quê? Mas cansa, e como. Todo dia a mesma coisa. Acordar e levantar com ainda alto “teor” de sono e uma tremenda “pitada” de preguiça; banho quente, como sempre (ainda mais no frio); secar, vestir-se – correr, muito! Sempre acabo me atrasando. Pentear o cabelo? Árdua tarefa: desarrumar o cabelo dá mais trabalho que pentear, e como tem se ‘usado’ cabelo despenteado... Perfume, brincos, anéis, relógio... E “mãe, vamos comigo até a porta!”.

Indo pela rua é tudo igual. Já li por aí que é bom mudar de rua, calçada, enfim – aqui não tem jeito. Se mudar de rua, não chego onde preciso e não vou para o trabalho, o que não seria ruim, em verdade. Chegando ao trabalho (...) usar reticências fica mais adequado do que descrever tal transtorno com mais detalhes, é tudo tão igual, é tudo tão... Que de “tão” fico tonta, ainda mais cansada e, principalmente, enjoada, estressada; e não, isso não é porque não gosto de trabalhar, muito pelo contrário, - gosto. Mas gosto de algo bem feito, organizado, direcionado, delegado, e... Creio que não precise dizer mais nada, já deu pra perceber como é minha “rotina de trabalho”.


Entro às sete da manhã e tenho uma hora e trinta minutos a duas horas para o almoço, vou para a casa – finalmente! – às dezesseis horas e trinta minutos. O caminho? O mesmo, mas costumo ir pela rua de “trás” ao invés da “da frente”. Existem caminhos mais movimentados, não gosto; prefiro poucas ao invés muitas pessoas. Já me chamaram de anti-social – será? Quem sabe. Na realidade não me importo. Sou sociável com quem quero, quando, onde e como quero; isso me basta. Costumo usar o telefone enquanto vou para a casa; numero gravado e o celular praticamente disca sozinho. As broncas também costumam vir do nada, até me assusto, mas... De tão corriqueiras já nem me abalam mais; aprendi a gostar de “puxões de orelha” – pode? Deve ser coisa de leonina praticamente ‘domesticada’ que ainda adora chamar atenção.

Indo... Chego em casa. Jogo a bolsa na mesa (copa ou cozinha? Depende do meu humor). Tomo banho outra vez e com o mesmo ‘secar’, a mesma forma de dispor as roupas no banheiro, o mesmo lado para fechar o registro do chuveiro... Mesmo TUDO. Como algo (algo = comida; verbo comer: comestível). Geralmente tenho o hábito de ingerir ‘porcarias’, mas já me prometi algumas mudanças; ainda sem data. De resto: o quarto! Meu ‘melhor lugar do mundo’. Vejo tevê, leio alguma coisa - às vezes (ambos: antecessor e sucessor) - vou ao computador... Sigo neste ciclo vicioso: TV-PC-Cochilo-(...). Até que... “Boa noite!” – começa o Jornal Nacional: ainda me permito ser ‘manipulada’ pela Rede Globo e deixo claro que usei aspas e que não sou manipulável, só fiz coro ao que alguns teimam dizer e com o que discordo em absoluto, mas... Não importa. Tenho dormido cedo. Costumo acordar às madrugadas e reviro na cama até ter sono novamente. Geralmente durmo à esquerda.

... Acordo! Tal qual durmo, acordo à esquerda. Penso que deveria dar preferência à direta, às vezes, mas... Retornando para o primeiro parágrafo, para a quadragésima terceira palavra... Sigo essa rotina cansativa de mesmices e de alguns achismos. Detesto dizer que acho algo, até porque isso denota incerteza e quando penso algo já estou ‘praticamente’ certa acerca daquilo – sim, praticamente certa! Ter dúvidas é inerente ao ser humano, mas mantê-las e cultivá-las,... Bem, é o mesmo que se nivelar por baixo e rebaixar ainda mais a categoria humana, a qual já é inferior em demasia. Assim, sigo – sigo? Acho que sigo: eis aqui um achismo absoluto! – Em meio a tanta rotina, não sigo, só penso seguir. Em definitivo, preciso mudar o lado de dormir, afinal, acordar com o pé direito ao invés do esquerdo é partir da mera crendice rumo a uma significativa mudança de vida.

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