Entrevista de Dilma ao Jornal Nacional

terça-feira, 10 de agosto de 2010 , Postado por Tatiana C. Mendes em 10:39



Dilma Rousseff, candidata à presidência pelo PT, se saiu muito em entrevista dada ao Jornal Nacional, da Rede Globo, no dia 08.


A candidata foi extremamente pressionada por William Bonner e Fátima Bernardes. O interessante é que Dilma sempre acaba sendo cobrada, isso como se ela fosse a única responsável pelo Governo. Oras, Dilma era a Ministra Chefe da Casa Civil, mas quem tinha a “caneta nas mãos” era (e é) o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por mais que Dilma Rousseff siga a “cartilha Lula”, as pessoas são únicas, principalmente ao que tange a personalidade, o temperamento. O que deve ser abordado são as propostas de Dilma, não o atual Governo – até porque isso tem sido uma freqüente.


O Presidente Lula segue a linha “tapinha nas costas”, Dilma não, é até “acusada” de maltratar Ministros pelo próprio Presidente – como foi levantado por Bonner; a questão é que o âncora do JN se esqueceu de que Lula diz coisas, às vezes (muitas), sem pensar, e em tom de brincadeira, portanto, no caso “maltratar”, o Presidente simplesmente queria dizer que Dilma cobrava para que as coisas acontecessem – o que é correto.

Sendo mulher, a cobrança acaba sendo ainda maior. Admitamos ou não, o mundo ainda é extremamente machista, principalmente a América Latina. Logo, se formos analisar: o que um homem (no caso os Ministros) sente quando recebe ordens de uma mulher (Dilma)? Provavelmente num primeiro momento as ordens não serão cumpridas, mas sim ignoradas; num segundo momento, a ex-ministra teria (teve e tem) que ter pulso firme para cobrar e delegar; tendo sido vítima da “língua afiada” dos colegas.

A melhor parte da entrevista foi que o correto não seria Bonner questionar “onde erraram?” (o PT), mas sim indagar, segundo Dilma, “onde acertamos (acertaram)?” – isso em referência as alianças políticas que agregam a candidatura de Dilma ex-opositores, como Sarney e Collor. Dilma simplesmente admitiu que “não tínhamos experiência na época”; ou seja, hoje o partido (na pessoa da candidata) entende que Governar não é tão fácil quanto parecia ser, logo, num país grande como o Brasil, é mais fácil agregar – unir todos – em prol de uma nação melhor, tudo isso sem extremismos; - diálogo é fundamental.

Mas... Aguardemos agora as entrevistas de Marina Silva do PV (10/08) e do tucano José Serra (11/08), para avaliarmos se a Rede Globo e, principalmente, os apresentadores do Jornal Nacional estão sendo imparciais, afinal, a impressão que se tinha era a de que Dilma estava ali para ser “cutucada”, isso para não dizermos coisa pior.


A entrevista:

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