Filosofia: que é tempo?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010 , Postado por Tatiana C. Mendes em 10:47


Foto: linhacabotagem.blogspot.com

Tempo – aquele vorazmente consumido, pelas horas. Relativo, como ele só. São horas disto, outras daquilo... Senso-comum? Ausência, neste caso, ao que tange sua percepção: são momentos seus, outros meus. Pouco de igual. Minutos se transformam em dias e horas em segundos. Anos em meses? Grandiosos momentos fazendo frente ao ‘quero que passe rápido’? Praxe. O tempo é indefinido e um ou outro artigo, daqueles gramaticais, que lhe preceda torna-se falho, inconveniente. Tempo não é “o” tempo, tempo é tempo, e só.


Por vezes o “senhor das horas” passa imperceptível; conveniente. Tempo não gosta de se mostrar. Afinal, não é, se faz – não é pronto nem vem embalado. Nós também o fazemos conforme nos é cabível e convém. Na busca do melhor, pro ser, - egoísta como somos -, o ponteiro que marca horas costuma ser ignorado: por trás de aparentes horas de atraso sempre existe algum tempo ganho. Contraditório, mas fato.

E como aparências enganam... Acerca do tempo perdido, outro erro: horas jamais se perdem, no mínimo passam, mesmo que sejam reconhecidamente, pelo ponto de vista deste ou daquele, improdutivas. Por mais que “um” tempo tenha sido lançado ao “vento” aqui, ele será ali, na esquina, do outro lado da rua, quiçá do mundo, aproveitado por outrem. Logo, qualquer delimitação deste “grande mestre” é limitação por parte daqueles absortos pela ignorância.

Por fim, em tempo, definir o volúvel sempre levará ao erro dedutível de quem tem como base preceitos empíricos nem sempre embasados em argumentos plausíveis, míticos em alguns casos, já noutros, mais convencionais - ou seja, a relatividade jamais deve ser desconsiderada; flexibilidade no trato. Ainda mais quando este até de “cura tudo”, do aspecto “médico-psico-socio-emocional”, pode ser chamado. Não só como tal, mas tal qual, remédio, “o” tempo já foi rotulado; afinal, qual composição farmacêutica/ médica não possui rótulos? Todas. – São meras definições humanas que teimam encontrar respostas onde só cabem perguntas.

Portanto, tempo jamais pode ser visto como ‘o que é?’. No máximo, ‘que é?’. Tempo, mesmo que de maneira redundante, é tempo, simples assim. É o infinito sem retas ou pontos de início, meio, fim, enfim... Sem mais, ou meio mais: tentar definir tempo nada mais é que a necessidade do homem de querer controlar o incontrolável. Existe algo mais precioso, não menos prazeroso, que viver sob a ameaça da interrogação?

Currently have 1 Opiniões (Dê a sua!):

  1. Tempo é apenas uma ilusão de percepção de nossos cinco sentidos.
    Ou seja, tempo absoluto não existe.

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